Fala Ferreira

Assim me saúdam os amigos de Guatemala.

Cinismo e democracia

Cinismo e falência da crítica

Nas minhas reflexões sobre a crise contemporânea obrigaram-me a lidar com a questão da ideologia. Atualmente estou a ler Cinismo e falência da crítica (PDF), um livro do Vladimir Safatle, que busca compreender o modo como os indivíduos se relacionam subjetivamente com o capitalismo na época atual. Trata-se, segundo o autor, de uma era distinta do início do séc. XX: a barbárie do capitalismo já não se esconde, mas se auto-denuncia. Mas trata-se de uma denúncia inconsequente. (Não sendo novidade, ler Safatle evita-me, para já, enfrentar a opus magnum de Peter Sloterdijk). Duas anedotas tornam claro este fenómeno.

1. O imperador Juliano (330-363 d.C.) viveu um contradição aparentemente irresolúvel. Culto e ateu convicto, ele necessitava de manter o Império Romano unido e, por isso, de alimentar a religião do seu império. Ademais a religião e, com ela, a unidade do Império já se encontravam ameaçadas pelo avanço de cristianismo. A solução é peculiar. Os seus escritos reproduzem os mitos religiosos de acordo com as necessidades políticas do Império. Mas, porque são carregados de ironia, denunciam o seu ateísmo para uma minoria esclarecida. O modo como os indivíduos experimentam hoje a realidade capitalista pode ser assemelhada à de Juliano. Eles sentem a necessidade de manter um mito no qual não creem. Fazem-no para um “povo” que já não existe, pois, agora, todos fazemos parte da “minoria esclarecida” que entende a ironia desmistificadora dos nossos atos.

2. O segundo exemplo vem da análise de Adorno sobre o fascismo (que eu ainda hei-de ler). Nenhum indivíduo acreditou, de facto, na ideologia fascista. Nem Hitler, nem Mussolini, nem nenhum alemão ou italiano. Eles limitaram-se a agir como se acreditassem. Por paradoxal que pareça, a ideologia fascista só pode sobreviver devido ao cinismo que encerrava. As práticas fascistas eram garantidas porque a sua imoralidade estava coberta por um cinismo do tipo de Juliano: faço, mas não creio!

Sem dúvida, a relação cínica com o mundo data de, pelo menos, dos estoicos da Antiguidade Clássica. Mas só a partir da década de 1970 ela se tornou, segundo Safatle, a relação subjetiva (cognitiva, sentimental…) mais generalizada entre os indivíduos e a sociedade. A sociedade não se preserva mais porque é hipócrita: porque, debaixo de um discurso bonito, esconde a barbárie – que a crítica marxista é capaz revelar. Esta sociedade se mantém porque aprendeu a viver com a barbárie de modo cínico. Frente a este novo modo de subjetivação da realidade a crítica marxista torna-se ineficaz! Porque a própria ideologia dominante já contém em si mesma a sua crítica.

Parece-me (ainda vou a meio do livro), não obstante, que a análise de Safatle é insuficiente. Mas é necessário contornar a questão e retornar a ela para entender o equívoco. Tomemos este trecho do “18 de Brumário de Louis Bonaparte” (daqui):

Como autoridade executiva que se tornou um poder independente, Bonaparte considera sua missão salvaguardar “a ordem burguesa”. Mas a força dessa ordem burguesa está na classe média. Ele se afirma, portanto, como representante da classe média, e promulga decretos nesse sentido. Não obstante, ele só é alguém devido ao fato de ter quebrado o poder político dessa classe média e de quebrá-lo novamente todos os dias. Consequentemente, afirma-se como o adversário do poder político e literário da classe média. Mas ao proteger seu poder material, gera novamente o seu poder político. A causa deve, portanto, ser mantida viva; o efeito, porém, onde se manifesta, tem que ser liquidado.

Esta citação encerra um aspeto dos governos burgueses que, a meu ver, surgiu plenamente realizado a partir do momento em que a Democracia se transformou de um ideal em um método de eleição dos dirigentes políticos. Por outras palavras, a democracia é um bonapartismo. Com três caraterísticas: 1)  Ela apoia-se na força económica e numeraria dos indivíduos não organizados como classe-para-si. 2) Portanto, o executivo é obrigado, por um lado, melhorar as condições de vida destes indivíduos e, por outro, a lutar contra a sua organização política. 3) Em boa medida, o trabalho do Estado é uma gestão do status quo, isto é, a preservação da ordem burguesa. A democracia, ao transformar uma pessoa em um voto, ao subtrair a legitimidade a qualquer organização política que não seja a sua (pense-se na [falta de] legitimidade de uma manifestação organizada por um partido político) é o modo mais eficaz e mais velado de cumprir o ponto 2.

Acresce-se que as últimas quatro décadas foram décadas de ataque consciente do Estado e das empresas aos sindicatos. (Tenho o exemplo, que me contou o meu pai, do ocorrido na Cimpor de Souselas. E tenho este livro onde Pialoux, no artigo “O velho operário e a fábrica”, conta factos muito semelhantes ocorridos na Peugeot de Paris. Tal semelhança entre casos tão distintos obriga a reconhecer que se tratou de uma dinâmica de abrangência mundial). E, além disso, desapareceu a alternativa ao capitalismo – a URSS. Se esta não era uma alternativa real, era, de todos os modos, uma “alternativa” realmente existente.

Assim, podemos de retornar de Marx a Safatle (e a Sloterdijk, que está na sombra). A razão cínica é, antes de mais, o modo que aqueles que não têm meios para fazer diferente, empregam para legitimar as suas práticas “ilegítimas”. Eles fazem, mas não acreditam no que fazem. A bipolaridade partidária pode ser explicada nestes termos. Os eleitores sabem que têm de optar entre dois partidos iguais, e fazem-no sabendo disso. Porque uma terceira opção, do ponto de vista individual, não existe realmente. Daí a noção de ‘voto útil’. Pode dar-se ainda outro exemplo. Recentemente, em Portugal, foram constituídos um conjunto de novos movimentos sociais contra a crise económica. Novos instrumentos, portanto. Não obstante, participam nele uma minoria – uma minoria pouco diferente daquela que já participa do “velhos” movimentos sociais: partidos e sindicatos. Porque, então, o cinismo não se converteu em rebeldia? Ora, porque (ainda) não se vê como é que estes movimentos possam ter alguma efetividade.

Há, sem dúvida, aqui uma espécie de “tragédia dos comuns”. Ao saber que mais um indivíduo é algo insignificante, então esse indivíduo não se junta as ações coletivas. Quando todos os indivíduos agem do mesmo modo, uma mudança real torna-se inviável. (Exemplo: se todos aqueles que se abstêm votassem no mesmo partido, ainda que pequeno – digamos, o PAN – , esse partido ganharia as eleições). Mas não podemos esquecer que essa “tragédia dos comuns” surge depois de investidas do Estado contra as instituições de ação coletiva. Portanto, que a “tragédia do comuns” é fruto dessa destruição – como se a maioria dominada tivesse feito da necessidade virtude. Resta-lhes agir de modo cínico. Resta-lhes fazer o que um mundo abominável lhes exige. Fazem mas não creem!

Assim explico o cinismo dos dominados. Dos dominantes é mais fácil!

31 de Março de 2013 - Posted by | Ideologia | , , , ,

8 comentários

  1. Estimado José,

    Grande nível este teu artigo. Parabéns!

    Possivelmente era importante termos como base de partida para qualquer analise ficar bem feita se compreendermos os seguintes pressupostos:

    :: Não há capitalismo. Existe uma oligarquia que se ri do resto. Oligarquia não é capitalismo.

    :: Na oligarquia não tem lugar PMEs. Nas PMEs não são precisos sindicatos. As PMEs têm relações de dependência com o consumidor. Nas PMEs ou fornecedores [Know-How, Capital (geralmente capitais próprios), Matérias Primas] estão em sintonia ou então não há clientes… e deixam de existir! A oligarquia não precisa de clientes precisa apenas de Marx/Keynes/Friedman: Orçamento e Dívida!

    Quando mais depressa mais pessoas perceberem isto mais depressa avançamos para o próximo nível. O que pensas?

    Comentar por kiitossakidila | 31 de Março de 2013

    • Em poucas palavras, a sobrevivências das PME’s implica a existência dessa oligarquia. Mesmo que a ação dessa oligarquia dificulte a existência de PME’s.

      Vamos lá explicar isto – não se compreende se não regressarmos ao momento onde as empresas concorrendo de forma anárquica deram lugar ao monopólios… e passaram a viver nas margens destes. Foi como solução para a crise económica europeia de 1872!

      Em poucas palavras, o capitalismo encerra uma impossibilidade. Necessita de crescer geometricamente – pois, o lucro é a taxa de crescimento geométrico do investimento – e isso é impossível. Sempre encontrará limites. Em 1872, o limite foi tanto o mercado como a força de trabalho. O capitalismo, limitado a umas quantas cidades na Inglaterra, França e Alemanha, só soube sobreviver exportando-se para periferia da Europa, Índia, Rússia, etc. Para isto, a formação de uma oligarquia ligada ao setor financeiro tornou-se indispensável. Só ela tinha dimensão para proceder a tais investimentos de longa distância.

      Obviamente, como cada crise implica uma reorganização do capitalismo, o papel da oligarquia mudou a cada vez que o capitalismo entrou em crise. Em 1929 (ou melhor, a partir de 1935), articulou-se com o Estado para reorganizar as economias nacionais. Depois de 1973, assumiu uma posição ambígua com o Estado. Tendo a produção industrial chegado ao limite do consumo (procura solúvel), a oligarquia passou a criar mecanismos especulativos que permitiram um crescimento fictício do investimento. A crítica neoliberal do Estado (parece-me) serviu mais para tirar este processo do debate político que para retirar o Estado da economia. Sem apoio do Estado, este processo não teria ocorrido.

      Em todos este momentos, o crescimento económico que viabilizou as PME’s foi resultado da ação consciente da oligarquia. Basta pensar o papel que a especulação imobiliária teve na criação de emprego e riqueza em todo o mundo – de Portugal à China, passando pela Argentina.

      Mas também é verdade que, no momento em que eles antecipam que a sua estratégia vai enfrentar problemas (a estratégia é deles – eles conhecem melhor os seus limites que todos os outros), procuram assegurar a reprodução geométrica dos seus investimentos. Não se trata apenas de salvaguarda o seu capital, senão as suas taxas de lucro. É isso que está a acontecer desde 2000 para cá. A oligarquia está a impor negócios ao Estado que lhe permitem manter os lucros à custa do prejuízo de todos os outros.

      Mas sublinho: o capitalismo teria acabado em 1872 se não tivesse sabido inventar esta oligarquia.

      Por isso, quando eu penso em que é o socialismo não vejo mais um Estado cuja economia é planificada em todos os seus pormenores. O socialismo não tem nada a ver com planificação; tem a ver com transformação do privado em público. Mas não confundamos os termos. As PPPs são estatais mas não são públicas: elas não são geridas por um fórum político! O socialismo é, para mim, o regime económico em que a resolução dos problemas gerais da economia não é tarefa privada de uma oligarquia, mas tarefa pública do Estado.

      Para isto precisamos:

      1) Estatizar as empresas que permitem gerir a economia. A banca e mais algumas empresas. Isto foi o que aconteceu na URSS. Mas isto é, usando as palavras de Lénin, “capitalismo de Estado” – o primeiro passo de uma Revolução socialista. Nota que não se trata de passagem da economia de concorrência para a economia planificada. Estas empresas, oligárquicas, já planificam a economia atual.

      2) Transformar o estatal em público: isto é, criar condições políticas para o controlo democrático das empresas do Estado. Mas então voltamos ao texto acima. A “democracia” (isto é, o método de eleição que temos) tem servido mais para destruir os instrumentos de controlo público e democrático do Estado do que sido o instrumento por excelência desse controlo!

      Comentar por Jose Ferreira | 31 de Março de 2013

  2. Estimado José,

    1) Parece-me que as pessoas andam neste mundo por razões diferentes da maximização de materialidade (dinheiro, poder, casas, carros,…).

    2) A materialidade é importante até ao ponto em que nos diferenciamos dos outros animais. Isto é, se pessoa A quiser ficar com mais materialidade sem ter uma razão para aumentar o bem estar cosmico – por exemplo pode querer ter mais recursos para compensar desafios que tem a nível pessoal (por exemplo menor auto estima) – então, é uma pessoa doente que pode se ela desejar, ser ajudada.

    3) Parece-me as pessoas andam neste mundo para fazerem coisas giras individualmente e em conjunto. Para fazer coisas giras elas têm-se que se livrar das preocupações da materialidade o mais rapidamente possível. As coisas giras para se fazerem não tem haver com a propriedade! A propriedade é uma ilusão. Nascemos nús e quando morremos se não nos mudarem a roupa somos enterrados como morremos.

    4) As PMEs são sítios onde se pode fazer coisa giras. Identificar necessidades não satisfeitas ou necessidade satisfeitas mas que poderiam ser satisfeitas de outra forma são exemplos de coisas giras que se fazem nas PMEs.

    5) Qualquer pessoa poder participar na criação e/ou desenvolvimento de PMEs.

    6) Logo as PMEs não são sítios para a busca do geométrica do lucro. Existem poucas coisas que aguentem crescimentos geométricos. Uma das coisas que me fazia sorrir era ver a modelizações matemáticas de valorização de ações. Isso de crescimentos geométricos não é ciência, não é bom senso… é fé! é religião! Só acredita quem quer!

    7) Tenho vários amigos têm ou trabalham em PMEs e se um dia lhes entrasse pelo local de trabalho alguém com uma oferta de 1.000.000€ para que eles deixarem o que estão a fazer para irem trabalhar para outro lado eles perguntavam:

    :: O quê o projeto?
    :: O quê é esperado de mim?
    :::: Se o que fosse esperado deles fosse coisas como perder contato com a família (menos horas coma esposa e filharada)… esquece que eles não aceitavam. Existem efetivamente pessoas cujo a materialidade não os estimula.

    8) A mentalidade PMEs não tem haver com oligarquias. Geralmente, as PMEs são sítios de grande criatividade!

    9) Marx/Keynes/Friedman (e afins) querem que pensemos que as pessoas querem maximizar materialidade… que para isso é necessário o egoismo… são pressupostos que não fazem sentido. Um dos problemas é não sermos egoistas o “suficiente”. Quando as pessoas perceberem que SÃO parte do cosmos e que devem ser egoistas no sentido cósmico então as coisas começam a fazer mais sentido.

    A beleza disto é que há milhões de possoas com esta forma de pensar e de AGIR. O problema aqui é comunicacional. As pessoas não comunicam. Os modelos mentais com que robotizam as pessoas impedem-nas de ver mais e de ver melhor.

    O que lhe parece, estimado José?

    Comentar por kiitossakidila | 1 de Abril de 2013

    • Olá

      Preciso de poucas palavras para responder a isso. É que fui mal entendido.

      1. Eu não disse que as pessoas buscam um lucro geométrico. Eu disse que o lucro é, por definição, a taxa de crescimento geométrico do capital investido.

      2. Sou materialista demais para “amar” os bens materiais e achar que os outros também “amam”. O lucro não é perseguido porque se deseja; mas porque é necessário. Em poucas palavras: pode alguma empresa abrir a portas sem um lucro superior a taxa de juro dos empréstimos com que trabalha?

      Estas duas condições estruturais da sociedade moderna obrigam a economia a crescer geometricamente ou não funcionar.

      Abraço

      Comentar por Jose Ferreira | 1 de Abril de 2013

  3. Tive que colocar o post outra vez porque por alguma razão não apareceu tudo o que eu escrevi… a ver se desta estará correto!

    Estimado José,

    Já agora:

    1) O lucro não “é, por definição, a taxa de crescimento geométrico do capital investido.” O lucro é um termometro (medida) que diz se os inputs registados como consumidos para produzir um output foram:

    a) iguais, situação em que não há lucro nem prejuízo, porque Lucro = Proveitos – Custos = (igual) 0

    b) prejuízo, situação em que prejuízo = lucro negativo = Proveitos – Custos (sinal de maior que) 0

    Nota é importante a palavra “registados”. Pode-se dar sempre lucro desde que não se registem custos… exemplo BPN…

    2) Parece-me que os bens materiais (carros, casas, dinheiro, poder…) não são para ser amados, são para ser utilizados, de preferência bem. As coisas não são para serem amadas. As pessoas sim, são para serem amadas! ;o)

    3) Qualquer empresa do paradigma Marx/Keynes/Friedman “funciona” (com custos elevados e não registados) com prejuízo… exemplo empresas públicas (state owned) de países com má governação e empresas publicas (listed companies) mesmo as dos centros financeiros mais avançados.

    A empresa que tenha lucro teria sempre acesso a capital (próprio e dívida) se o sistema não tivesse viciado no sentido de garantir capital para Estados (via dívida) e para oligarquias [via capital próprio (equity) e dívida]… os restos vão para as PMEs que são as entidades que criam sítios onde Know-How (postos de criação de valor, antigamente designados por empregos) cresce.

    4) Nada obriga a crescer geometricamente… e a natureza ensina-nos isso de forma a que os menos atentos compreendam que é uma ilusão ter tal objetivo. O objetivo dever ser DESENVOLVIMENTO, não deve ser crescimento, muito menos deve ser crescimento geométrico. Aliás, qualquer pessoa minimamente familiarizada com uma função matemática de crescimento geométrico e com uma função matemática de crescimento aritmético percebe que crescimentos geométricos são raros e não são continuos, são limitados no tempo… por exemplo “os primeiros momentos” após o big bang…

    Nota 1: Não sou especialista disto nem de coisa alguma!

    Nota 2: Engano-me!

    Nota 3: Tenho dúvidas!

    Comentar por kiitossakidila | 2 de Abril de 2013

  4. Como continua sem aparecer o c) vou experimentar a colocar o c) aqui:

    c) lucro, situação em que o lucro = prejuízo negativo = Proveitos – Custos (sinal de maior que) 0

    De qualquer das formas em b) onde está escrito (sinal de maior que) deve estar escrito (sinal de menor que)

    Comentar por kiitossakidila | 2 de Abril de 2013

    • Olá

      De facto, não só economista. Mas, a única vez em que pensei montar uma empresa, o projeto de negócios indicava que eu tinha que conseguir uma taxa de lucro calculado do seguinte modo:

      tx Lucro = (proveitos – custos) / capital investido

      E que tinha de ser superior à taxa de juro do capital tomado de empréstimo.

      Aqui eu já vejo a necessidade de uma progressão aritmética. Mas se pensarmos que a concorrência obriga a “massa de lucro” (proveitos – custo) a ser reinvestida, ela torna-se uma progressão geométrica.

      E existem outras razões para que a “massa de lucro” seja reinvestida – portanto, para que aquela progressão aritmética se torne geométrica. É hoje demasiado grande para ser consumida. E, ligado a isto, grande parte da produção mundial atual é de bens de investimento.

      Abraço.

      Comentar por Jose Ferreira | 2 de Abril de 2013

  5. O estimado José é brilhante especialmente também por não ser economista!

    É um pensador livre!

    Continue assim!

    Sugiro apenas que esqueça isso da progressão geométrica aplicada às empresas que não sejam geridas pelo paradigma Marx/Keynes/Friedman. As empresas que não geridas segundo esse paradigma são as criam postos de trabalho! Mesmo a que são geridas por esse paradigma não conseguem aguentar progressões geométricas.

    Parabéns!

    Comentar por kiitossakidila | 2 de Abril de 2013


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